quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Voto Dilma.
terça-feira, 6 de abril de 2010
A Esperança não morreu
“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas. Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer” (Lc 24.13-16).
Normalmente é assim, as derrotas que a vida nos impõe vão, aos poucos, roubando a nossa capacidade de reconhecer o Cristo sempre presente na caminhada da vida. Quando perdemos a esperança, repousamos os olhos no passado e adormecemos numa escuridão saudosista de um tempo que não existe mais. E quando os olhos da fé se fecham para a novidade do evangelho, perde-se a capacidade de identificar a face de Deus, pois, na maioria das vezes, ele se embrenha entre os viajantes do caminho, se disfarça de sutilezas, coincidências e acasos, que nem parece tão poderoso assim. Se surgisse reluzente e esplendoroso saberíamos logo que é Deus, mas como se mistura na poeira da história, a gente não reconhece. Miramos a dor das nossas perdas e perdemos de vista os sinais da promessa da vida.
Restava-lhes a vida antiga na velha Emaús. E foi para lá que retornaram os discípulos da desesperança. De Cristo, levaram apenas as marcas do rosto desfigurado e ensanguentado.
A gente sempre acha que está preparado para tudo, mas às vezes o golpe é tão forte, que parece fatal. Quem está pronto para um diagnóstico terminal, para a perda de um ente querido, ou mesmo para alguns meses de desemprego? Quem estaria preparado para a ideia absurda de que Deus pudesse morrer?
Mas a vida é assim, nada é previsível, não há certezas nessa caminhada para Jerusalém. De fato, é mais seguro viver o passado, voltar a Emaús, pois de lá pinçamos apenas os fatos mais atraentes e felizes; “deletamos” as tristezas e fingimos que antigamente tudo era melhor.
Como olhavam para trás, foi para lá que Jesus foi com eles. Refez o caminho de Deus com os homens, desde Moisés. Aos poucos foram lembrando que as coisas nunca foram fáceis, que sempre houve sofrimento e dor. E que foram exatamente nos momentos mais difíceis da história que o braço forte do Eterno se ergueu sobre tudo e todos para abençoar o seu povo.
Lembraram certamente de Sansão, que na morte logrou mais triunfo do que em toda sua vida. Recordaram Jó, que só conheceu Deus depois que um vento varreu sua família, sua saúde e seus bens. Até que, por fim, o contador de histórias – que fazia seus corações arderem com seus contos de esperança – sentou-se com eles à mesa, e serviu-lhes um pão abençoado. Suas lembranças estavam, enfim, de volta à Jerusalém, ao cenário da Páscoa, onde o mestre repartira o pão e o vinho. Seus olhos abriram e perceberam que a Esperança não morreu; que nem a morte pôde silenciar o canto sempre vitorioso da Vida; e que toda história com Deus sempre termina em torno da mesa, com vinho e pão.
Se não for assim, é porque ainda não terminou, continue caminhando, não perca a esperança. Pois a Páscoa – que não é de chocolate – pode até começar com ervas amargas (Nm 9), mas sempre termina com um hino de esperança (Mt 26.30).
Em Cristo, o que vive e reina para sempre.
domingo, 7 de março de 2010
Venha o teu reino... (Mt 6:10)
“O Reino virá, com ou sem o nosso esforço”, disse o teólogo, “mas quando oramos para que ele venha, é para que venha também a nós”.
Construir o Reino é tomar parte nele. É fazer com que a oração do Pai Nosso se realize em nós e por intermédio de nós. O Reino já está em nosso meio, todavia participar dele é nossa escolha. Quando Jesus disse que o Reino de Deus não vem com visível aparência e que não acreditássemos quando dissessem “ei-lo aqui”, ou “ei-lo ali”, tentava, entre outras coisas, nos ensinar que o Reino não é geográfico, nem temporal.
Na verdade, é consenso entre os exegetas que a tradução mais adequada para Reino de Deus seria Reinar de Deus. Deste modo entenderíamos mais facilmente que, onde quer que as características dinâmicas da presença e do senhorio de Deus se manifestem, ali o Reino estará presente; até que um dia a Glória de Deus encherá toda a terra, como as águas cobrem o mar, e o Reino alcançará sua plenitude entre nós.
Esta compreensão nos convoca à ação, pois nos faz perceber a responsabilidade de transformar as realidades tenebrosas ao nosso redor em realidades luminosas do Reino. Orar pelo Reino e não trabalhar por ele, é como pedir para que pedras se transformem em pães. É esperar que o Reino venha do céu, quando, na verdade, ele já está aqui.
Portanto, o Reino está, mas só o percebe quem por ele trabalha. Os que não tomam parte nele vivem sob a sensação de que o triunfo do mal se propala e que as trevas aumentaram seu domínio; mas para quem experimenta o gozo de ver uma vida sendo restaurada pelas mãos do Senhor, sabe que Ele está entre nós e que o seu Reino de justiça, iniciado no calvário, jamais teve fim.
Você pode construir o Reino de Deus se decidir colocar sua existência à serviço da vontade do Eterno e lutar para que ela se realize, "assim na terra, como nos céus".
Diga sim a este chamado. Seja um construtor do Reino de Deus.
Em Cristo, aquele diante de quem todo joelho se dobrará.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Deus é Pentecostal
“... esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”
(Efésios 4.1-6).
Muitos se espantam quando discórdias e contendas se instalam na Igreja de Cristo. Logo duvidam que Deus esteja presente onde coisas assim acontecem. Mas a paz da igreja não é fácil, nem natural; pois onde quer que relações humanas se estabeleçam, há que se esperar que haja conflitos, quanto mais na igreja, onde Deus decidiu (sabe-se lá por que) juntar gente sem qualquer premissa de afinidade ou compatibilidade socioemocional. Deste modo, já que a paz não é fácil, a Palavra recomenda esforço; e já que não é natural que busquemos no sobrenatural forças para mantê-la.
Este poder sobrenatural que nos proporciona paz é o Espírito Santo; porque “a inclinação do Espírito é vida e paz” (Rm 8:6)
Compreendendo isso, o que se espera não é que passemos a acolher divisões no corpo de Cristo, como se fossem aceitáveis; mas que busquemos estar revestidos do poder do Espírito, para que as manifestações da nossa natureza humana não encontrem lugar entre nós, e a Paz que vem de Deus prevaleça na Igreja.
Parado atrás de um automóvel um dia desses, espantei-me com o adesivo de uma igreja evangélica que dizia: Deus é Pentecostal.
Diante daquela heresia, logo formulei uma heresia antídoto para responder àquele adesivo: Deus não é nem evangélico, que dirá pentecostal! Pensei com meus botões.
Sei o que aquele adesivo queria dizer com a expressão Pentecostal. Falava da instrumentalidade dos dons (1 Co 12), da glossolalia (línguas estranhas), das profecias e das visões; falava de uma liturgia livre; isenta de qualquer ordem, norma ou convenções (2 Co 3.17). Falava dos fenômenos sobrenaturais como evidências do Pentecostes. E nós, porque temos na Bíblia o fundamento da nossa fé, não descremos nem duvidamos de nenhum desses fenômenos. O que não queremos é que esta seja a ênfase ou a síntese da nossa relação com Deus.
Não queremos esquecer que a presença do Espírito, evidenciada pelo apóstolo Paulo no contexto geral de suas cartas (para além da carta exortativa de I Coríntios), aponta para um mover que toca o homem e a mulher numa dimensão muito mais objetiva do que subjetiva (Gl 5:22). O Espírito, no Novo Testamento, atua, essencialmente, na reconstrução do caráter, irradiando ondas de impacto sobrenatural que inundam as relações humanas de amor, tolerância e misericórdia; desaguando na maior e mais desejada consequência de todas as teofanias (manifestações visíveis de Deus entre os homens): a Paz.
Se os dons e milagres são sinais místicos e sobrenaturais, o que dizer então da incompreensível teimosia da igreja em existir em paz e unidade, quando todas as variáveis humanas envolvidas nessa experiência apontam para o desenlace e para o desencontro?
Há algo mais poderoso e extraordinário do que indivíduos que, ontem mesmo, exalavam o cheiro de uma existência corroída pelo pecado, indiferentes, orgulhosos, vaidosos, prepotentes; seduzidos por todo tipo de soberba, egoísmo, individualismo e maldade; e que, ao serem cheios do Espírito Santo, aprendam a servir, ouvir, compreender, cuidar, perdoar, arrepender-se, amar, submeter-se, calar, dar, abrir mão, repartir, acolher e, independentemente de toda e qualquer injustiça, permanecem bons, conservando os corações puros?
Não há fogo mais tremendo do que o que queima a soberba do coração humano, nem línguas mais poderosas do que as que tornam possível a gente se entender e permanecer unidos, ainda que sejamos dos lugares mais diferentes (At 2.9-10).
Assim devemos ser, pentecostais. Mas de um Pentecostes (At 2) cuja evidência, por mais contraditório que pareça, nos leve a falar a mesma língua e ter o mesmo pensamento (Fp 2). Pois quando as línguas não se compreendem, não é Pentecostes, é Babel: “porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela” (Gn 11.9).
Se for assim, para manutenção da Paz, concordo com o adesivo do carro. Deus é Pentecostal.
Em Cristo, aquele cuja a graça é multiforme e não pode ser privatizada por segmento algum.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Era pra ser simples
Deus criou o mundo, ordenando o caos, dissipando as trevas e esculpindo os abismos. No final viu que tudo era bom.
Convidou o homem para co-criar e estabeleceu com ele uma aliança baseada em um único mandamento. A Bíblia fala de uma árvore e um fruto que jamais deveria ser comido e, enquanto Adão se mantivesse fiel a este tratado, tudo permaneceria em ordem e em absoluta harmonia. A natureza cumpriria seus ciclos com perfeição e precisão, sem jamais romper o limite do equilíbrio. Nem a morte existia, não que a eternidade fosse um fato, mas o conceito de morte como fim da vida, não havia no paraíso.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Ele é o Cara
Quantas vezes, entre nós protestantes, você já ouviu dizer que Pedro era uma pessoa inconstante? Se você não souber de que Pedro eu estou falando, logo poderão lhe ajudar: “Aquele, que negou Jesus três vezes!”
Sim, a despeito de Jesus ter mudado nome daquele rude pescador de Simão para Cefas (que quer dizer rocha); e a despeito também dele ter sido o único a responder que Jesus era o filho do Deus vivo (quando todos tinham dúvidas sobre quem era o Cristo); ou mesmo de ter sido declarado coluna da Igreja pelo próprio Cristo. Pedro ficou mesmo famoso pelos erros que cometeu. Rapidamente lembraremos o canto do galo denunciando a omissão do apóstolo; da repreensão de Jesus ao dizer: “para traz de mim satanás!”; ou mesmo de quando ele afundou no mar por puro medo; ou quando foi repreendido por Paulo em Antioquia.
Mas, para mim, Pedro é o cara. Gente como a gente. Errante; às vezes medroso; cheio de manias e preconceitos; em alguns momentos vaidoso e orgulhoso; ora firme e ora duvidoso; quase bipolar. Mas dele Jesus recebeu as declarações mais apaixonadas, daquelas que Deus deseja ouvir todos os dias dos seus filhos.
- “Eu te amo!”
Foi ele, que mesmo constrangido pelo erro previamente anunciado, teve a coragem de dizer a Jesus que o amava. E o fez com toda sinceridade, porque aquele sentimento era verdadeiro. Pedro não tinha dúvidas do que Cristo significava em sua vida. Ele não era um religioso fingindo devoção ou admiração por Jesus; não estava ali por nenhum interesse material; nem por conveniência; tampouco medo. Não havia nada que pudesse fazê-lo temer sua afirmação. Mesmo que Jesus viesse a censurá-lo pelos seus atos, jamais poderia dizer que seu amor não era legítimo. Em Pedro a adoração se fez verdadeira e pura. E Jesus não teve dúvidas de que a igreja não precisava de um homem perfeito para conduzi-la, precisava de um homem que fosse capaz de amá-la: “Então Pedro, apascenta as minhas ovelhas.”
- “Eu confio em Ti.”
O mesmo Pedro voltava de uma dura noite de trabalho, trazia redes cheias de angústias e incertezas, mas sem nenhum peixe. O mar havia fechado a madre. Era seu primeiro encontro com Jesus e bastou algumas palavras do mestre para Pedro entender que aquele homem não era um homem qualquer. Jesus disse: “Lança a rede do outro lado”. Ao que Pedro respondeu: “Pescamos a noite inteira e não pegamos nenhum peixe, mas sob a tua palavra lançaremos a rede.” Jesus soube logo que encontrara mais do que um seguidor, encontrara um crente de verdade.
- “Eu necessito de Ti.”
Houve um momento da vida de Cristo, considerado pelos teólogos o divisor de águas da sua missão. Foi quando Jesus começou a perceber que a cruz seria um destino inevitável. A crise da Galiléia, como é chamada, marca o início da angústia do calvário. Multidões de discípulos viraram as costas e o abandonaram. Restaram poucos. E Jesus, conjugando ressentimento, mágoa e indignação, convidou os demais discípulos a partirem também, ao que Pedro, apenas ele, respondeu: “Senhor, para quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna.” Estava claro! Pedro era um poço de contradições, mas era o tipo de gente que Jesus queria ver na igreja; gente que tem consciência que precisa de Deus.
Em Cristo; aquele que ama gente como eu, você e Pedro.
Pr. Fabio Castro
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
S OU Ç
Vicente Matheus foi o mais emblemático e folclórico presidente do Corínthians, dizem que ele mandou fazer um cheque de 60 mil cruzeiros para pagar uma dívida do clube, mas o tesoureiro perguntou se 60 se escrevia com S ou Ç. Vicente pensou e decidiu: "Faça dois cheques de Cr$30,00.
Certa vez perguntaram se o Sócrates seria vendido ou emprestado e Vicente foi taxativo: "O Sócrates é invendável e imprestável."
Verdade ou mentira não sei, mas reafirmo que Patrícia Amorim é a primeira presidente de um clube de futebol eleita democraticamente para ser presidente de fato e de direito.
CCM